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Destemido. Se tivesse que simplificar e reduzir toda existência de Jonas a uma única palavra, seria destemido. As batalhas de sua vida foram enfrentadas com muita dor e suor, nem sempre vitorioso, mas em todas elas sempre irredutível. Não abaixa a cabeça, não entrega a vitória, não se da por derrotado, mesmo quando já atingiu o limite de seu desgaste físico e emocional. Talvez a palavra seja orgulhoso, no fim das contas.

Sua aura emana confusão, seu corpo exala a anarquia que existe dentro de sua cabeça, em seus pensamentos embaralhados e confusos. Em sua mente complexa e cheia de redes, onde até mesmo o garoto se perde em meio a tanta desconfiança e ceticismo, há também um menino que nunca foi socializado ou integrado na sociedade, vivendo as margens, em meio ao caos de uma vida regada a mortes e sangue. Jonas nunca soube o que é ter uma base, um alicerce, talvez como a maioria dos semideuses, mas isso o tornou desconfiado de tudo e de todos, aguardando sempre pelo pior, acostumado a lidar com a barbárie humana.

Com essa mente adoecida em níveis inimagináveis, é impossível haver normalidade em seus pensamentos e atitudes, e inaceitável que ele seja qualquer coisa dentro do comum esperado de um rapaz de 18 anos. A loucura pulsa em seus olhos, e a selvageria corre em suas veias, tal como seu pai. Jonas é, no excesso da palavra, um legítimo filho de Ares.

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